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Poupar vale a pena? Economista aponta questões importantes

  • Jhonattan Reis
  • 9 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de abr. de 2020


Foto: Reprodução

Quando o assunto é dinheiro, muitas pessoas se lembram do “baixo salário” relacionado à grande quantidade de compras e contas a pagar. Uma alternativa simples, que não é adotada por todos, é poupar. Há, então, dois perfis relacionados: quem economiza demais e acaba não aproveitando as "coisas boas da vida", e, em contrapartida, existem pessoas que economizam de menos e não guardam nada para o futuro. Em meio a essa questão, o economista Ranufo Vidigal indica que o ideal é haver um meio termo, “consultando” a renda.

"A pessoa tem quatro fases na vida. Eu divido essas quatro fases, para facilitar o entendimento, nas quatro estações do ano. Então, a gente nasce na primavera, estuda e entra no mercado de trabalho no verão, chega ao auge da nossa carreira no outono e precisa estar com certo conforto em um final de vida, que é o inverno. As famílias, em função dessas quatro fases de vida, precisam poupar ao longo do verão e do outono para, na chegada do inverno, que é a aposentadoria, ter uma condição com certo equilíbrio. Isso para quem está no mercado de trabalho. Para quem não está, aconselho que faça uma poupança individual ou plano de previdência privada", ensina.

O estudante Yan Silva Tavares, 20 anos, parece estar no caminho certo. "Minha faculdade custa aproximadamente R$ 650. Faço um estágio que cobre 50% dessa quantia e me sobra um valor. Com esse dinheiro, eu pago a outra metade da faculdade e me sobra cerca de R$ 100, que uso para pagar minhas contas".

Yan ainda lembra que economizar é necessário. "A administração do dinheiro é difícil e fica bem apertada, mas vou dosando os gastos de acordo com as dívidas de cada mês, gastando o que sei que poderei pagar", frisa.

Como poupar

Ainda de acordo com Vidigal, o melhor momento da vida para poupar é “do final do verão ao meio do outono”. “Quando a pessoa nasce, não tem renda. Quando se entra no mercado de trabalho, não se tem muita experiência, então se tem renda baixa. Com o tempo, a renda vai subindo e a pessoa tem mais condições de poupar. Então, o melhor momento é no final da fase de entrada no mercado de trabalho até a metade do auge da nossa carreira”, afirma.

Sobre como poupar, o economista aconselha: “A primeira coisa é não se endividar de jeito algum, pois você paga uma taxa muito alta. O mercado financeiro sempre te cobra uma taxa muito maior do que a sua capacidade efetiva. Em segundo lugar, a pessoa deve começar a guardar alguma coisa logo cedo”, ressalta.

Separando o útil do agradável

Ranufo Vidigal aponta formas de administrar a renda.

“É importante fazer uma planilha mensal dos gastos e identificar três coisas: os gastos fundamentais; os gastos que são necessários, mas que podem ser colocados num tempo futuro; e os gastos que são supérfluos. Podemos exemplificar da seguinte forma: se tenho que todo dia ir para a faculdade de ônibus, então esse é um gasto fundamental. Se quero fazer uma viagem, que pode ser agora ou depois de seis meses, consulto minha condição. E, por exemplo, fumar, que não acho aconselhável, porque fumar faz mal, é uma coisa desnecessária, uma coisa supérflua. Fumar eu posso evitar. Logo, citando esses três pontos: vou fazer uma poupança não fumando. A viagem, eu escolho melhor momento. Já pro ônibus, vou ter que ter o dinheiro para todo dia”, conclui o economista.

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