Compras online: você curte?

O comércio eletrônico cresce a olhos vistos, mas ainda há quem prefira as lojas físicas. Economista alerta para consumidor não se endividar. As vendas totais pela internet no Brasil estão crescendo três vezes mais que o varejo tradicional, segundo estudo da empresa de consultoria Bain&Company. Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, a prática de comprar no e-commerce é mais comum, chegando a 65% dos usuários de internet. Aqui, esse número está na casa dos 40% dos internautas, mas a perspectiva é de que as lojas on-line façam cada vez mais sucesso com a democratização do acesso à grande rede.

Campos dos Goytacazes ainda carece de dados precisos sobre as taxas de crescimento local das vendas pela internet, mas o certo é que não faltam exemplos de quem não dispensa uma boa loja virtual, seja ela da cidade ou de qualquer outro lugar do mundo.

Para o estudante de Direito, Caio Aded, comprar pela internet facilita bastante a vida do consumidor. “Costumo comprar pela internet pela facilidade, agilidade e menor burocracia na hora da compra e do pagamento. Além disso, ainda evita o stress e, principalmente, porque posso acompanhar,comparar e aproveitar as promoções oferecidas pelas lojas virtuais no conforto do meu lar”, disse.

Por outro lado, há quem prefira comprar em lojas físicas. É o caso da estudante de pedagogia Sharon Alexandrino.

“Prefiro para não perder o contato com as pessoas, pechinchar, pagar à vista, não abrir mão de pedir o tão desejado desconto e, confesso, adoro bater pernas, principalmente se for no shopping, coisa de mulher, sabe?”, explica.

Já o estudante de Recursos Humanos Alcebíades Barbosa diz que existem pontos positivos e negativos tanto na compra on-line quanto na compra em loja física.

“Pessoalmente, você não só vê o produto, como se toca, tira dúvidas na hora com o vendedor, confere de

perto a procedência do produto que deseja comprar e se necessário for, até muda de ideia, acredito. Mas também tem o lado negativo como: burocracia no procedimento de compra, juros da financeira, espera na loja e na entrega do produto, ocasionando o stress. Na loja virtual é rápido, prático, fácil e não precisa sair de casa, mas é preciso ficar atento com relação a segurança dos sites de vendas na hora de comprar. Eu, particularmente, tenho certo receio quanto a isso”, alerta.

Existe Conflito entre loja física e virtual?

Para o lojista campista Cláudio Clarindo Silva, especializado na venda de artigos de cama, mesa e banho, é preciso se adequar ao novo para enfrentar a concorrência. “Procuro sempre estar atento às inovações, até mesmo no mundo virtual, para trazer para o real. Procuro trazer para a minha loja física a melhor tendência de vendas”, avaliou.

Pela experiência no comércio eletrônico, Robson Tavarone, sócio e diretor comercial do site de compras coletivas Ótima Oferta e da Agência Vibe, analisa que vale a pena apostar no ambiente virtual. “O universo digital oferece uma série de possibilidades com as quais o varejo tradicional não pode competir”, justifica Tavarone.

O conceito que transformou as redes sociais em plataformas de vendas possibilita comprar através da fanpage do Facebook, receber links com ofertas pelo Twitter, entre outras ações. As compras coletivas e os clubes de compras se tornaram os protagonistas do comércio eletrônico, impulsionando e incrementando o mercado.

Vantagens ou Desvantagens?

O economista Ranulfo Vidigal ressalta que existem os dois lados da moeda.

“Na hora da compra toda cautela ainda pode ser pouca, pois tanto faz comprar na loja física ou na virtual: é preciso se preparar confortavelmente no que diz respeito às finanças para não se enrolar depois com as dívidas. Fazendo isso, opte sempre pelas compras à vista”, frisou.

Produtos mais vendidos na internet em 2015:

1. Acessórios para Veículos 2. Informática 3. Celulares e Telefones 4. Eletrônicos, Áudio e Vídeo 5. Casa, Móveis e Decoração 6. Calçados, Roupas e Bolsas 7. Saúde e Beleza 8. Games 9. Esportes e Fitness 10. Brinquedos e Hobbies

(Fonte: Mercado Livre/Época Negócios, 2015)

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