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Onde está a "Pátria Educadora"?

  • Manuela Escala
  • 15 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Foto: Reprodução

O slogan escolhido pelo Governo Federal este ano está longe de ser uma característica real em nosso país. Escolas com estruturas extremamente precárias, greves de professores - indignados por não receberem salários dignos - e grades curriculares de má qualidade são alguns dos fatores que evidenciam as grandes mudanças que o Brasil precisa realizar para executar o papel de educar com eficiência. Contudo, vários programas sociais foram criados para tentar mascarar a incompetência do governo, que, através de cotas disponibilizadas aos estudantes de escolas públicas, deixam bem claro como seria desleal fazer com que estudantes de instituições privadas concorressem nas mesmas condições daqueles que passaram por inúmeros obstáculos, como aulas canceladas por falta de professores, materiais didáticos que nunca foram entregues, além de terem passado por docentes desmotivados e sem criatividade para ensinar aos seus alunos.

Segundo um índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, apenas 0,6% das escolas brasileiras tem infraestrutura próxima da ideal para o ensino. Já 44% das instituições de educação básica, contam apenas com água encanada, sanitário, energia elétrica, esgoto e cozinha em sua infraestrutura.

Sabemos que existem aqueles que não fraquejam diante de situações difíceis, e como uma cidadã que sempre estudou em escola pública, lembro-me de muitos professores que superaram as limitações da falta de recursos e foram educadores incríveis, cumprindo o papel social para formação de indivíduos, tanto no caráter como no intelectual. Portando, esta pátria ainda educa, não por esforços do governo, mas, muito pelo contrário, o cenário atual comprova que profissionais da educação lutam para fazer um trabalho bem feito, mesmo em condições desfavoráveis.

Não podemos nos deixar enganar por promessas antigas e que não merecem confiança. Devemos lutar pelo futuro da nossa nação, que precisa, e muito, de uma educação que seja comparada ao valor da história brasileira, pois já passamos por explorações e, posteriormente, conseguimos levantar uma bandeira de "Ordem e Progresso".

Hoje, somos novamente roubados, mas agora pela corrupção, só que ainda temos armas para enfrentar este abuso e mostrar que, sim, somos um povo que não desiste nunca e está acostumado a sempre se reerguer.

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