Trabalhar até morrer
- João Paulo Azevedo e Renan de Paula
- 27 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de abr. de 2020

Manifestação contra a Reforma da Previdência, São Paulo, 24 de fevereiro, 2017.
O projeto do novo plano de Reforma Previdenciária está estimulando várias manifestações contrarias em todo o país. As modificações propostas prometem mexer com milhares de trabalhadores de Norte a Sul e as opiniões de muita gente não tem sido favorável à reforma.
Na nova proposta do governo, uma das coisas que mais se discute é a fixação da idade mínima de 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres, para requerer a aposentadoria. Outra proposta é elevar o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos.
De acordo com a proposta do governo federal, homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais não perdem os direitos anteriores, mas serão enquadrados em normas diferenciadas, porém com tempo adicional para requerer o beneficio. Os que já se aposentaram ou vão se aposentar antes da aprovação e sanção da proposta Reforma Previdenciária não serão afetados.
Para os funcionários públicos que atualmente já possuem a regra de idade mínima de 60 anos(homem) e 55 anos (mulher), além do tempo mínimo de contribuição de 35 anos (homem) e 30 anos (mulher). A idade mínima também irá subir para 65 anos.
Pelas ruas e corredores das universidades, onde estão os futuros contribuintes da Previdência Social, as opiniões são unânimes e contrárias à proposta do governo. Para a estudante de Direito, Raquel Farias, essa mudança é um golpe aos direitos do cidadão.
−A reforma da Previdência Social é uma das estratégias do governo que pretende ferir um direito social, na medida em que torna cada vez mais dificultoso e inacessível o direito à aposentadoria com o fator integral, além de aumentar a idade de acesso aos benefícios de Assistência Social. Utilizando como álibi a "crise" da Seguridade Social. − disse a estudante do curso de Direito no Centro Universitário Fluminense (UNIFLU), Raquel Farias.
Quem engrossa o coro dos que não concordam com a mudança é a aluna Mariana Azeredo. −Eu discordo completamente dessa proposta de reforma, posto que em qualquer programa, benefício governamental existe um planejamento, dessa forma a contribuição já foi planejada para os contribuintes. Assim, aumentando o período de contribuição, o contribuinte passa a pagar ainda mais do que foi planejado. − disse a estudante do curso de Direito (UNIFLU), Mariana Azeredo.