Reforma Previdenciária e Trabalhista discutida no Uniflu nesta quarta-feira
- 3º Período de Jornalismo
- 4 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de abr. de 2020

O Centro Universitário Fluminense (UNIFLU) realizou na última quarta-feira (3) o debate sobre a Reforma Previdenciária no auditório e reuniu centenas de alunos e professores interessados no assunto. Com o tema “Passando a limpo a Reforma Trabalhista e Previdenciária”, o evento iniciou às 19h20 com a abertura da reitora da instituição, Drª Inês Ururai. Ela ressaltou a importância de trazer uma discussão como essa para o Centro Acadêmico. O objetivo da programação foi ampliar o conhecimento dos alunos e sociedade em geral sobre o tema tão pertinente neste momento no cenário político do país.
A mudança proposta da Reforma Previdenciária foi apresentada pelo Dr. Victor Souza, Juiz Federal e especialista em matéria previdenciária. Já o palestrante Dr. Guilherme Portanova, Consultor Jurídico da Comissão de Direitos Previdenciários da OAB-SP explicou que não ha déficit no orçamento da previdência social que justifique a necessidade de uma reforma . A Drª Fernanda Stipp, Juíza Titular da 4ª Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes abordou quais são mudanças da Reforma Trabalhista e o que ela vai impactar para o trabalhador. O evento também contou com os representantes de diversas entidades sindicais de Campos.
A Dra. Fernanda Stipp colocou como foco de seu discurso a reforma trabalhista e contestou o modo como as mídias tratam do assunto. Para a juíza, há diferença entre o que é publicado pelas mídias e o que é visto na realidade. Stipp explicou que “a reforma trabalhista ganha força quando o presidente da república Michel Temer é citado várias vezes na operação Lava Jato e nada acontece com ele”, disse a palestrante.
A respeito das propostas da Reforma Previdenciária, a Dr. Victor Souza as explicou ponto a ponto, destacando que ninguém irá se aposentar com menos de 55 anos de idade, já que a proposta diz que os homens deverão se aposentar com 65 e as mulheres com 62. Entretanto, o Dr. Guilherme Portanova completou, informando que os trabalhadores deverão se aposentar a partir dessas idades, pois elas seguem a expectativa de vida estimada pelo IBGE, que aumenta em cinco anos a cada ano. Portanova contou ainda que “não há déficit na previdência” e que “ela é superavitária”.

Para o professor do curso de Jornalismo do Centro Universitário, Orávio de Campos, a palestra foi uma possibilidade de tratar especificamente de assuntos importantes para a consolidação da cidadania.
—Eu penso que a forma de conhecimento que se adquire ouvindo esses especialistas na área previdenciária e na área do direito trabalhista nos dá uma noção bastante expressiva do que nós precisamos saber e as diferentes formas que nós temos para tomar posições para lutarmos em função do futuro que está em jogo, que é o futuro dos trabalhadores atuais, esses que estão entrando hoje no mercado de trabalho — explicou o professor.
De acordo com Marlon Guido, aluno do 7º período do curso de Direito, o evento contribuiu para a elucidação de conteúdos que normalmente não são tratados no dia a dia. “Se a gente conseguir terminar o curso com algumas palestras dessas, pelo menos uma por semestre, eu tenho certeza que irá enriquecer muito a minha grade curricular”, afirmou.
