Assessoria de Imprensa para Movimentos Sociais é tema de debate no Uniflu
- Ana Carolina Freitas
- 28 de mai. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de abr. de 2020
Teve início na última sexta-feira (26) a 27ª edição da Semana da Imprensa, promovido pela Associação de Imprensa Campista (AIC). O evento, que terá suas atividades realizadas no Auditório do Uniflu, na sede da AIC e terá encerramento no Bar Gato Preto, prossegue até a próxima sexta-feira (02/06) com diversos debates. Um dos debates que promete atrair grande público é sobre Assessoria de Imprensa e os movimentos sociais, marcado para esta quarta-feira (31) com a jornalista e assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários, Júlia Maria de Assis.
Júlia é jornalista há 26 anos, tendo passado por várias redações de Impresso e assessorias de imprensa. Atualmente ela é assessora de comunicação do Sindicato dos Bancários de Campos e região. A jornalista explica que a relação do país com os movimentos sociais é algo muito atual devido às diversas manifestações e lutas sociais que o país tem travado nos últimos anos e discutir sobre esse assunto sobre as lentes da assessoria de imprensa é algo extremamente necessário.
"Neste momento de luta intensa da classe trabalhadora pela manutenção dos seus direitos a comunicação sindical ganha ainda mais destaque e a AIC acertou ao incluir esse tema na Semana de Imprensa Campista. O movimento sindical tem conseguido vitórias importantes de mobilização, como a greve geral de 28 de abril e o ocupa Brasília de 24 de maio e isso se deve muito à forma como as categorias, por meio de suas organizações sindicais, se comunicam com a sociedade. E aí entra o nosso trabalho" Explicou Júlia

Quanto a importância da comunicação sindical e da assessoria de imprensa em meio a tecnologia, Júlia disse que atualmente é preciso estar muito ligado à tecnologia, às ferramentas de comunicação via internet, como as redes sociais e sites que conseguem enfrentar a narrativa dos grandes veículos do país. "Estes, como empresas que são, tendem a não mostrar de fato os riscos para os trabalhadores das reformas trabalhista e da Previdência que estão sendo propostas. Além de, como temos visto, minimizarem o tamanho das manifestações que têm acontecido. Os recursos tecnológicos também nos permitem agilidade na divulgação e criam canais que fazem com que a sociedade interaja com os sindicatos." Afirmou.
Segundo a Assessora de Comunicação do Sindicato dos Bancários, a comunicação sindical precisa rever sua linguagem sempre, pois cada momento é um momento, tanto do ponto de vista das pautas do movimento sindical, quanto das ferramentas de comunicação que vão surgindo. "A linguagem tem que se adaptar sempre. Hoje é muito claro que há grande necessidade de trabalhar a ideia de consciência de classe. Nós vemos trabalhadores contra o movimento dos trabalhadores. A comunicação sindical se torna um desafio muito maior do que a divulgação para a categoria das ações do seu sindicato." Esclareceu.
Para finalizar, Júlia Maria diz que toda a programação, dedicada esse ano à assessoria, está muito interessante e que suas expectativas sobre o debate são ótimas. Ela espera contribuir e também aprender muito. "Em qualquer profissão não se pode achar que a gente já sabe o que fazer. No jornalismo, então, isso é ainda mais evidente. A gente narra o mundo, conta histórias. O mundo muda o tempo todo. Novas histórias surgem o tempo todo. Quem as ouve também está em constante processo de mudança, de buscar novos olhares para o que acontece na política, na economia, nos valores de cidadania que não são os mesmos de ontem e certamente não serão os mesmos de amanhã. E nós, jornalistas que somos, sempre atentos na observação desses fatos sociais, dessas transformações, vamos nos adaptando, nos reinventando." Completou.
