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A Reviravolta do Mecanismo

  • Pedro Lima Lopes e Lucas Arantes
  • 11 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de abr. de 2020


No dia 23 de março de 2018, José Padilha estreou sua mais nova produção em conjunto com a Netflix chamada "O Mecanismo". Esta serie é a primeira produção feita pelo canal com intenção de dramatizar um problema politico brasileiro.

A série retrata a Lava Jato, maior operação contra a corrupção, que iniciou em 17 de março de 2014. Na série, Marco Ruffo (Selton Mello) é um investigador aposentado da Policia Federal que, com a ajuda de sua assistente, Verena Cardoni (Carol Abras), entram de cabeça em uma das maiores investigações de corrupção do país, onde todos os investigados têm sua vida revirada.

O Mecanismo tem sido discutido nas redes sociais e nas conversas de diversos grupos sociais, mas não é a primeira vez que o diretor da série põe nas telas um assunto polêmico. José Padilha já dirigiu dois filmes contando a história do "Tropa de Elite e Tropa de Elite 2 (BOPE), um esquadrão de forças especiais que atua no Rio de Janeiro. Em todas as produções, o assunto abordado foi muito discutido entre a esquerda e a direita, fazendo com que várias pessoas levassem suas opiniões para as redes sociais.

"A série é uma forma mais artística de se mostrar o que realmente aconteceu, baseando-se no livro Lava Jato que foi escrito pelo jornalista Vladimir Netto, o qual acompanha a operação desde o inicio", afirmou Fabricio Nascimento, estudante de jornalismo do Uniflu.

Jéssica Felipe, também estudante de jornalimo do UNIFLU, contextualizou a sua opinião. "Como toda obra audiovisual, a série O Mecanismo tem um roteiro que foi baseado em fatos reais, mas que também permite a construção de narrativas. Pessoalmente, eu senti falta de mais problematização dos fatos, de mais elementos que estimulem o pensamento crítico que desconstruam o senso comum. A posição heroica dos personagens principais desvia um pouco nesse olhar. No entanto, podemos pensar na obra como um primeiro exercício de decodificação da realidade. O mais importante é, como consumidores de informações não nos contemos com conteúdos prontos, o questionamento é um exercício diário, seja com os objetivos reais, ou até mesmo com o reflexo da realidade", afirmou a estudante.

Créditos: Revista Tipo Manaus


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