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  • Foto do escritorJulia Madeira

Jornalismo é função essencial no período de isolamento social



Em meio à pandemia, o jornalismo sério e comprometido se faz muito necessário para o esclarecimento e orientação da população, principalmente quando há necessidade de informação e esta é negada ou repassada sem clareza, como vem ocorrendo a nível de governo federal. É quando, então, muitos jornalistas se arriscam nas ruas atrás de informações, outros permanecem em casa porque são pais, mães, idosos ou cuidam de pessoas em grupos de riscos, mas continuam atuando com auxílio das tecnologias da comunicação.


Além de tudo isso, o jornalismo tem se mostrado importantíssimo em meio a uma enxurrada de fake news sobre a doença COVID-19. Tendo isso vista, entrevistamos o Presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Wellington Cordeiro, para abordarmos a importância do trabalho dos jornalistas locais e também das demais mídias estaduais e nacionais na cobertura da pandemia.


Wellington, em sua opinião qual a importância do jornalismo para a sociedade nesse momento de grande necessidade de isolamento social e de inclusão informacional?


Wellington Cordeiro: Vivemos num momento histórico de enfrentamento de uma crise social sem precedentes. A Pandemia do COVID-19 alterou todo modo de vida da população. E é neste período que mais se faz necessário um jornalismo sério, aquele que busca com responsabilidades os fatos, que checa todas as informações e que procura ouvir as diferentes opiniões. Este jornalismo é imprescindível para que cada cidadão possa enfrentar da melhor maneira possível as dificuldades impostas pela propagação do vírus. Toda comunidade deve ter no jornalismo a fonte de informação mais confiável e segura, e a população precisa entender que são nas redes de comunicação que elas terão esse acesso de forma mais eficaz. A rede social por outro lado, é um canal aberto para falsas informações que podem trazer prejuízos muito sérios para a vida de todos.


O senhor considera que a imprensa local, tanto rádio como TV, estão cobrindo o tema de modo relevante e com qualidade?


Wellington: Dentro das possibilidades de uma imprensa de interior, creio que sim. Na sua grande maioria, os órgãos de imprensa têm dedicado boa parte de seu noticiário para informar a população com temas relevantes, sejam reportagens relacionadas à promoção da saúde ou até mesmo de comportamento seguro, que é tão importante para diminuir a contaminação. Muito se fala que a imprensa traz notícia ruim, mas essa é a nossa realidade atual. Ao noticiar essas tragédias, o jornalismo cumpre seu papel, cabendo às pessoas se conscientizarem para mudar este cenário de guerra que estamos passando.


Como o jornalismo tem ajudado, e principalmente o jornalismo local, no esclarecimento da população e no combate às fake news relacionadas ao COVID-19?


Wellington: Como falei, as redes sociais têm sido utilizadas de maneira criminosa, desinformando a população. É um campo aberto para que pessoas mal intencionadas levem informações falsas, que podem trazer prejuízos muito sérios para a vida de todos envolvidos. A imprensa local tem levado esta pauta importante que é o combate às chamadas fake news. Da mesma forma, tem buscado levar a informação com o critério técnico necessário.


Embora não seja função da Associação de Imprensa Campista-AIC fiscalizar, o senhor tem informação de que as empresas de mídia locais estão preservando seus jornalistas quanto ao risco de contágio?


Wellington: Realmente a AIC não possui este caráter sindical, mas, pelo que estamos acompanhando, em sua grande maioria, as coberturas jornalísticas têm levado em consideração às normas de proteção, como afastamento social e uso de equipamentos de proteção individual.


Nossos jornalistas estão informados e preparados para este trabalho?


Wellington: É um momento de aprendizado até mesmo para a imprensa, que está se adaptando a essa verdadeira cobertura de guerra, com os riscos inerentes a este trabalho. Como a matéria-prima de trabalho do jornalista é a informação, estes profissionais devem dar o exemplo na sua atuação profissional. Não cabe ao jornalista a afirmativa que está mal informado.


E o jornalismo brasileiro, está cumprindo seu papel social neste momento?


Wellington: A função social dos veículos de comunicação em uma crise como essa é trazer informações precisas, seja atualizando a população em relação às orientações médicas ou desmentindo boatos, que podem piorar ainda mais a crise sanitária. Os jornalistas estão na linha de frente, juntos aos profissionais da saúde, cumprindo seu papel de contribuir para minimizar os prejuízos que esta situação está impondo, como as inúmeras agressões, principalmente do Presidente da República, por justamente se contrapor, de modo irresponsável, às regras elaboradas pela Organização Mundial da Saúde-OMS. Além disso, tenta colocar a imprensa como inimiga da população, tática muito utilizada por regimes autoritários. Tenho certeza de que as pessoas compreendem o papel fundamental da imprensa no enfrentamento desta pandemia e que, logo que esta pandemia passe, voltaremos a ter boas notícias para a população.


Repórter: Júlia Madeira

Pauta: Jacqueline Deolindo

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