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Sangue para quem precisa

  • Leandro Neves
  • 23 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Foto: Secom/Campos

Doar sangue é um gesto nobre e solidário. O processo é simples, fácil e seguro. Porém, é preciso que o indivíduo atenda às condições básicas para que seja feita a doação. Uma pessoa adulta, possui em média 5 litros de sangue em seu corpo, em uma doação, são coletados no máximo 450 ml, menos de 10% de todo o sangue. As pessoas que precisam são pessoas que sofreram algum tipo de acidente e perderam muito sangue, pessoas que fazem cirurgias e doentes que precisam de transfusão.

Quem pode doar e quem não pode?

Primeiramente, o doador deve ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar mais de 50 kg, entre outros pré-requisitos, como não estar grávida ou amamentando, no caso das mulheres, não ter feito tatuagem ou colocado piercing há menos de um ano. Não pode ter tido febre nos últimos 15 dias, nem ser portador de epilepsias e diabetes em uso de insulina. O uso de alguns medicamentos também impede a doação temporária ou definitivamente.

O hemocentro de Campos atende a todos os hospitais da cidade e os demais da região Norte e Noroeste Fluminense. Integrado à hemorrede do Estado, o município tem o segundo hemocentro do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a assistente social Maria Gonçalves, o maior número de doadores cadastrados foi de 210, que ocorreu no dia 28 de outubro, quando uma campanha nas redes sociais mobilizou a cidade para salvar a vida de uma menina com leucemia e que precisa de sangue com urgência.

Necessidade contínua

O número de doadores de sangue aumenta sempre, devido à demanda também crescente por transfusões. Percebe-se que a maior dificuldade está em tornar estes doadores de reposição (que doam para um familiar ou alguém conhecido, que está precisando de sangue) doadores permanentes, (que doam espontaneamente pelo menos duas vezes no ano).

“Às pessoas vem, doam e levam anos para voltar novamente. Em média nós recebemos quarenta doadores por dia, quando o ideal seria se recebêssemos diariamente setenta doadores’’, afirma Maria Gonçalves.

Perguntada sobre a divulgação das campanhas de doação de sangue, a assistente social diz:

“Faltam campanhas sistemáticas, com mais intensidade nos variados meios de comunicação da cidade. Mas este não é um problema local. O país todo precisa investir em boas campanhas sobre o assunto, afinal os baixos estoques de sangue afetam hemocentros em todo o país. Ser doador é uma das formas de praticar a cidadania. Sangue é um tecido vivo, não é produzido em laboratório e não é comercializado. Além do que, doar sangue é ser solidário com o outro em sua dor, é um gesto de amor”.

A estudante de enfermagem, Luiza Coutinho, que é doadora há 3 anos, afirma que o seu ato pode contribuir e muito com a sociedade:

Luiza Coutinho, estudante de enfermagem (Foto: Reprodução)

“Eu acredito que através da doação muitas famílias podem ser salvas, digo famílias porque o beneficiado não é apenas a pessoa que recebe o sangue e ter uma nova chance, mas toda a sua família por ter a alegria de não perder alguém. Aquela velha frase, ponha-se no lugar. O mundo dá voltas e uma hora pode ser você ou alguém que você ama”, conclui.

Vale lembrar que no dia da doação, o doador deve levar o documento oficial de identidade com foto. O indivíduo só poderá doar, se atender a todos os pré-requisitos.

Para mais informações, basta clicar aqui.

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