top of page

Investimentos e leitura mudam o mundo

  • Redação Goitacá Informa
  • 10 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Desconhecidos viram "colegas literários" por alguns minutos, já que durante a procura de um título leitores se ajudam; crianças correm atrás de livros de sua faixa etária, deixando pais loucos; e jovens e adultos interessados em cultura procuram oficinas, palestras e lançamentos em corredores lotados e apertados. Clima como esse só uma Bienal do Livro pode proporcionar. E foi o que aconteceu na nona edição do evento literário de Campos Dos Goytacazes, realizado pela Prefeitura entre os dias 5 e 14 de agosto, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop).

Apesar de todo esse ambiente, a bienal campista deste ano não fez jus ao título de maior evento literário do interior do estado do Rio de Janeiro, pelo menos quando o assunto é estrutura, o que foi observado por leitores e empresários do ramo, alguns destes oriundos de estados como São Paulo e Belo Horizonte, que já participaram de feiras maiores como as das capitais paulista e fluminense.

Se na oitava edição, ocorrida em 2014, o espaço utilizado pelo evento no Cepop compreendia a maior parte da passarela do samba, sem contar a praça de alimentação, desta vez as tendas que abrigaram espaços destinados a 24 livrarias — exceto outros seis de associações e do executivo municipal, além do Espaço Multicultural e Café Literário — foram montadas em uma área bem menor em frente ao "maior palco fixo da América Latina". Além do mais, alguns visitantes se queixaram do espaço apertado nas lojas.

Entretanto, há quem achasse a Bienal "compacta, mas muito arrumada", como disse uma empresária, sendo a organização um ponto a se destacar positivamente. Na entrada, por exemplo, um panfleto contendo informações como mapa dos estandes e programação completa de todos os dias de evento estava sendo distribuído.

Quando o assunto é preço, o público afirmou estar satisfeito com o que encontrou, só que o mesmo não aconteceu na variedade e qualidade de livros, já que títulos mais conhecidos estavam mais caros.

Um estande onde autores independentes apresentavam títulos de grande qualidade, tanto na sinopse quanto no material, era uma exceção, ao menos para quem gosta de ficção. Além dessas qualidades, a história era apresentada aos leitores através da interatividade. Um livro, inclusive, apresentava códigos QR Code que, através de aplicativo de celular, mostra ao leitor cenas da narrativa.

A falta de títulos atraentes com preços acessíveis pode ser o motivo dos vendedores informarem que as vendas não passaram de "boas" e "razoáveis".

Outra reclamação é a repetição das personalidades convidadas, já que algumas também estavam presentes na edição do ano passado. Destacamos que o trabalho desses não entra no mérito da questão, mas por que não inovar junto com mais personalidades nacionais e conhecidas, o que atrairia mais público e consequentemente aumentaria o volume de vendas?

Se os responsáveis pela Bienal realmente consideram que a leitura muda o mundo, como sugere o tema, esperamos ver isso na prática nas próximas edições.

 
 
 
bottom of page