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O desafio de lidar com a pressão social de ter filhos

  • goitacainforma
  • 9 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

Cada vez mais mulheres estão fazendo uma escolha consciente de não ter filhos, uma decisão que pode ser influenciada por vários fatores. Algumas mulheres desejam se concentrar em suas carreiras, investir em si mesmas, explorar novas oportunidades e ter mais liberdade para viajar e realizar seus sonhos pessoais. Para outras, a decisão de não ter filhos pode ser motivada pela preocupação com a saúde mental, física e financeira, ou pelo desejo de evitar a pressão social e familiar que muitas vezes acompanha a maternidade.


Embora ainda exista uma forte pressão social para que as mulheres se tornem mães, muitasestão se libertando dessas expectativas e assumindo o controle de suas vidas. Essa escolha, no entanto, ainda é muitas vezes incompreendida e desvalorizada pela sociedade.


Segundo pesquisa do IBGE, em 2010, 14% das mulheres brasileiras não tinham planos de se tornarem mães. O censo mostra também que as mulheres mais instruídas (com mais de 7 anos de estudo) estão sendo mães mais tarde, depois dos 30 anos, e a média de filhos por mulher diminuiu drasticamente, de 6,1 para 1,9 nos últimos 50 anos.

A decisão de não ter filhos é muitas vezes é vista como egoísta, mas as mulheres que fazem essa escolha afirmam que é baseada em valores como a independência e com os gastos financeiros que uma criança traz.


Nathália, de 31 anos, excluiu dos planos uma criança no casamento. “Para ter um filho nos dias de hoje é muito complicado, é uma responsabilidade grande e eu não tenho condições de arcar financeiramente. Sempre quando encontram comigo perguntam quando vai vir o filhinho. Eu falo: Ah! Não vai vir filho. Porque do jeito que está o mundo hoje em dia, você colocar um filho no mundo, deixar largado e não ter como criar, eu prefiro nem ter.” No entanto, a escolha de não ter filhos ainda enfrenta obstáculos. Muitas mulheres relatam dificuldades em lidar com a pressão social e o preconceito. A falta de apoio da família e dos amigos também pode tornar a escolha mais difícil.


O psicólogo Bruno Santos explica que essa escolha pode ser motivada por diversos fatores, incluindo a busca por uma vida mais livre e independente. No entanto, é importante analisar se essa decisão é consciente e não está relacionada a possíveis traumas ou medos, como o medo do parto ou a insegurança em lidar com a responsabilidade de criar um filho. “Algumas mulheres querem dar mais prioridade a vida profissional, seus cursos e as suas viagens. Então a psicologia está querendo entender se essa escolha é consciente, que não tem nenhum comprometimento a nível psicológico.”


Apesar disso, muitas mulheres estão se unindo em comunidades e grupos de apoio para

compartilhar experiências e encontrar suporte mútuo. Essas redes são muito importantes para ajudar as mulheres a se sentirem menos isoladas e a encontrar conforto em suas escolhas.

 
 
 

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