Crise pode atingir Papai Noel
- Manuela Escala
- 23 de nov. de 2015
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Falta pouco mais de um mês para uma das datas mais importantes do ano, o Natal. Além do sentido religioso a que remete esta celebração, o ato de presentear é outra marca da festividade natalina, uma grande oportunidade para os setores do varejo nesta situação de crise. O problema é que o cenário econômico do país não está sendo animador.
De acordo com a revista Veja, o aperto financeiro afetou até o bom velhinho, e os comerciantes preveem que este será o pior Natal em muito tempo. Falava na esperança pela última data comercial de 2015, tanto que muitas lojas anteciparam os produtos natalinos nas prateleiras e enfeitaram as vitrines, mas de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), haverá um impacto direto em todos os segmentos do varejo, uma diminuição nas vendas de 4,1% em comparação a 2014.
Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em 2015, as vendas caíram no Dia das Crianças (-8,95%), Dia dos Namorados (-7,82%), Páscoa (-4,93%), Dia das Mães (-0,59%) e dos Pais (-11,21%). Esses números apontam uma expectativa negativa para a próxima comemoração no fim do ano.
Os reflexos dessa retração são notáveis nas oportunidades que são comuns no período do Natal, como os trabalhos temporários, que neste ano devem diminuir de forma extrema, como prova o levantamento do SPC e da CNDL: nove em cada dez empresários disseram que não contrataram e nem pretendem contratar funcionários para reforçar o efetivo. Ainda de acordo com a CNC, pela primeira vez desde 2009 a estimativa aponta para um decrescimento de 2,3% no número de vagas em relação ao ano anterior.
Neste tempo difícil, o peso no bolso dos brasileiros pode afetar também a típica ceia de Natal, que costumava reunir famílias inteiras às vésperas do dia 25 de dezembro. As mesas fartas devem ficar pouco abundantes e as reuniões, menos numerosas.
Mas, mesmo com as tristes evidências antes do Natal, a magia desta data não será diferente. Este é o momento de criar estratégias para driblar as dificuldades, como procurar os melhores preços nas lojas e preparar os pratos mais em conta. A alternativa agora é ser criativo.