João Victor Ribeiro Caldas: da luta contra a depressão à imortalidade na academia, um embaixador da paz por meio da fantasia
- Rodolfo Augusto
- há 21 horas
- 4 min de leitura
Este foi um trabalho das disciplinas Narrativas Jornalísticas II e Técnicas de Reportagem II, ministradas para alunos do 4º período de Jornalismo do UNIFLU, em 2025.

A história de João Victor Ribeiro Caldas, nascido em Campos dos Goytacazes, maior e mais populosa cidade do interior do Rio de Janeiro, no dia 26 de Outubro de 2003, é um relato de resiliência, paixão pela leitura e escrita e a crença inabalável no poder do sonho. De cor parda e dono de uma "oratória singular", João Victor desde sua infância cultivou um amor pela fantasia e pelo "não convencional", presente na magia de contar histórias, sonhando em criar sua própria mitologia.
Seu caminho para o reconhecimento, porém, foi dificultado por uma batalha interna que durou quatro anos. Dos 13 aos 19 anos, João Victor enfrentou a depressão, um período marcado por forte insegurança e sentimentos de inferioridade, ansiedade e pessimismo e recorda:
“Foi aos meus 15 anos quando a depressão estava no ápice que eu decidi colocar tudo pra fora e exercer quem eu sou por meio da escrita. Acho que é isso uma das coisas que de fato sou, uma escrita de fantasia em forma de pessoa. Logo decidi colocar todos os meus desejos, todos os meus sonhos da época e todo meu amor por contar histórias e ser quem em sou apesar de tantas dificuldades na minha antiga escola no papel, em folhas de caderno escritas a lápis”.
A mãe, Eunice Ribeiro Caldas, recorda que:
“Até seus 12 anos não apresentava sintomas, tendo a depressão começando somente aos 13 anos, era extrovertido, embora demonstrasse alguns momentos de insegurança e um pessimismo em alguns casos, de um jeito exacerbado para a idade. Fiz o que pude, percebendo que meu filho não estava legal mas não sabia que ele estava em depressão e não entendia muito bem na época o que ele estava passando, mas percebia que as escritas lhe acalmavam, possibilitando uma válvula de escape da realidade”.
A Escrita como Ato de Sobrevivência
O ponto de virada de chave ocorreu aos quinze anos. Caminhando no "pátio tedioso de sua escola", João Victor decidiu canalizar sua dor, seus desejos e seu amor pela narrativa. Dessa forma nascia seu primeiro poema para enfrentar a depressão e, simultaneamente, iniciou a escrita da saga que daria origem à sua própria mitologia.
Para João Victor, a literatura, e em especial a mitologia (da grega e nórdica até às menos conhecidas asteca, celta irlandesa e tupi-guarani, além das HQs da Marvel), foram cruciais. “A literatura me ajudaria a enfrentar a depressão, dar forma e nome ao que sentia. Contemplar os valores de coragem, força, determinação, orgulho de ser quem sou, esperança e reencontrar isso em mim mesmo,” relata.
A partir da ação de expressão e gratidão às histórias que lhe deram coragem, nasceram duas obras em no ano de 2023, publicadas e lançadas em 2024: a antologia poética "Eternidade" (que se originou daquele primeiro poema cinco anos antes) e a obra de fantasia mitológica "Egdra: a busca pela Pedra do Destino”,
Reconhecimento e Missão
Enfrentando os obstáculos comuns de um escritor e vendedor iniciante no Brasil, João Victor seguiu em frente. Seus esforços, movidos pela chama do seu amor às palavras e ao "divino em contar histórias", levaram ele a um reconhecimento, que até então, mesmo merecido, ainda era inesperado.
Ele foi condecorado Embaixador Internacional da Paz, e se tornou Presidente Seccional e Membro Imortal da Academia de Ciências, Artes, Letras e Cultura de Limeira, interior de São Paulo.

Apoio
A mãe, Eunice Caldas, é uma participante ativa desta jornada, oferecendo apoio emocional e intelectual, dando sugestões de marketing, auxiliando em despesas e participando ativamente das vendas:
“Tento sempre ajudar ele de todas as formas possíveis, dando sugestões de marketing e ajudando ele nos mais diferentes projetos como participação de eventos literários, compra de material e despesas que a vida de escritor gera, apoio emocional e intelectual. E participo ativamente das vendas, abordando as pessoas e mostrando o produto junto com ele. Para mim é a maior alegria lhe ajudar em seus sonhos”, afirma Eunice.
O promissor escritor compreende suas conquistas não como um fim, mas como um meio de inspirar outras pessoas:
“Parte de mim não acreditou que algo assim estava acontecendo quando me ocorreu... Conquistar tudo isso é uma prova de que as pessoas precisam sempre sonhar, pois nunca se sabe aonde eles podem nos levar!!! Esta é a mensagem que quero passar por meio dos títulos que adquiri, eu desejo usar para mostrar que o impossível não existe!!! Que o sonho das pessoas não tem fim!!!"
João Victor Ribeiro Caldas, conhecido artisticamente como O Escorpião de Oz, por apreciar seu signo escorpião e ter como personagem favorito, o Mágico de OZ é "escrita de fantasia em forma de pessoa", segue com seu sonho de compartilhar e também produzir histórias, inspirando o mundo com a magia que ele mesmo reencontrou em meio à escuridão que venceu.




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