top of page

Quem é o Papai Noel?

  • Kariny Maia
  • 21 de dez. de 2015
  • 2 min de leitura

Em um desses dias, enquanto seguia o caminho de sempre rumo ao ponto de ônibus, li um simples anúncio colado na agência de Correios da cidade. Não sei de seu conteúdo, pois de longe só li: Papai Noel dos Correios. Lembrei-me do que se tratava o projeto que consiste em adotar uma cartinha escrita por crianças, nas quais os pequeninos pedem presentes ao “bom velhinho”.

Mas, afinal em 2015, quem é o senhor vestido de vermelho que ronda a imaginação das crianças? Dia após outro as televisões e jornais são afogadas por notícias de tragédias, guerras, puro sofrimento e com o tão esperado natal chegando, penso como vão ser as comemorações de quem perdeu tudo na tragédia em Mariana – MG, ou das famílias que perderam seus entes no terrorismo em Paris, de todas as crianças no Brasil, que lutam contra a fome, pobreza, abusos e falta de amor.

Apesar de tudo, quando ando pelas ruas vejo que as lojas transbordam ornamentações. Piscas-piscas nas janelas e árvores enfeitadas. Tudo sendo preparado para o 25 de Dezembro, o dia que para os cristãos o filho de Deus nasceu, o mesmo que deu a vida para apagar os pecados humanos. Se essa data especial significa nascimento, família, união e amor, por que não pregar tais princípios o ano todo?

Gostaria que existisse em cada um de nós o mesmo espírito do bispo Nicolau, o senhor que ajudou os pobres há séculos, inspirando o surgimento da figura do Papai Noel. Nesse mundo em que a maioria não se importa com o próximo, temos que encontrar um jeito de mudar o cenário. Todos podem ser o Papai Noel de alguém.

Crianças não precisam de brinquedos caros, idosos não precisam de “um bom asilo”, pessoas doentes não precisam só de remédios. Tudo que precisamos é amor. Um passeio com seus filhos, um abraço nos seus pais, uma visita inesperada.

Quando a data finalmente chegar me sentirei orgulhosa em poder fazer alguém sorrir, ajudar quem precise ou simplesmente dizer Feliz Natal desejando realmente que os outros tenham um feriado feliz, não por costume ou obrigação, mas por me importar, por desejar o bem. Talvez eu adote uma cartinha e não deixe a esperança do seu autor morrer, porque se o Papai Noel traz a felicidade todas as noites de Natal, sem que o vejam, sem esperar reconhecimento e recompensas, realmente quero ser como ele.

 
 
 
bottom of page