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Ano Novo, vida nova

  • Bárbara Cabral
  • 31 de dez. de 2015
  • 2 min de leitura

Foto: Divulgação/Free Images

Todo o ano é a mesma coisa. Final de dezembro chega e começam os preparativos. Primeiro para o Natal. Casas e lojas enfeitadas com pisca-piscas, bonecos de Papai Noel, árvores envoltas com guirlandas e comércio cheio para compras de presentes. Mas nada supera o Ano Novo. Muitos não conseguiram chegar até ele e viraram lembranças - boas, ruins? Quem sabe...

Diferente do Natal, quando vai chegando o Ano Novo, a correria diminui, pois os planos já estavam definidos desde o começo do ano. Natal é em família, Ano Novo...ah! Esse a maioria prefere com os amigos. No Brasil é praia na certa. Alguns com melhores condições, preferem escapar do calor e cruzar as fronteiras, mudar de continente, ir para onde tem neve.

Chegou o dia 31, momento de reflexão. O que fiz de certo, o que fiz de errado. Promessas para não repetir as mesmas burradas. Arrependimentos, novos planos, metas...“Prometo não fazer isso!”, “Como pude fazer aquilo?”, “Serei uma nova pessoa!”, “Esse ano vou fazer diferente. Ano novo, vida nova! ”. Muitos são os clichês usados.

A parte mais divertida é a tradição de fim de ano: escolher a cor da vestimenta. O festival de cores chega até à roupa de baixo. O branco tradicional? Que traga a paz de espírito. Amarelo ou dourado? Para ficar rico. O azul? Harmonia. Talvez o verde? Para mais sorte. Rosa? Aquele amor que nunca chega. Ou vermelho? Uma paixão avassaladora que bagunce o ano inteiro. Preto? Está maluco? Dizem que traz azar.

Escolhida a combinação perfeita, é hora da espera. Deixar a TV ligada no Show da Virada que passa na Globo, fazer o que? Tem gente que gosta, e, para falar a verdade, é até divertido. Prepara a cerveja, o champanhe, a comida. Agora é aguardar. Contagem regressiva... “ 5,4,3,2,1...FELIZ ANO NOVO”. Correr para pular as sete ondinhas, jogar flores para Iemanjá e o que mais a tradição disser que traz energia positiva. Agora já pode. Beijos, abraços e apertos de mãos em meio aos barulhos dos coloridos fogos de artifícios.

E eu, o que farei? Bom, de uma coisa tenho certeza: se sobreviver até lá, passarei a virada sentada no sofá, ou deitada na cama assistindo à televisão. Comerei aquele Chester que foi economizado para o Ano Novo, porque o Peru já foi feito no Natal. A crise, sabe? Bebida? A minha favorita, refrigerante de guaraná. Provavelmente estarei vestindo pijamas, roxo, preto, seja lá qual for... Só espero que traga algo bom, pelo amor de Deus!

Promessas? Não tenho. Quero deixar rolar dessa vez. E que Deus (em quem não sei se acredito) não leve nenhum dos meus neste ano e que, claro, também me deixe viver por mais alguns. Não espero que mude muita coisa, mas que melhore, com certeza. Só sei que acordarei no dia 1º de janeiro na expectativa de uma velha vida nova.

 
 
 

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