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Vivendo e aprendendo a amar

  • Letícia Nascimento
  • 15 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

De um amor platônico a um amor real até demais, este é Fabrício Carpinejar na 9ª Bienal de Campos. O escritor, cronista e poeta trouxe situações que, apesar de clichês, conseguiram surpreender de forma positiva.

Carpinejar fala do amor como se fosse seu melhor amigo. Ele traz, de um jeito leve, reflexões que às vezes não nos damos a chance de fazer. Pensar que um sofrimento vai passar, que um término de relacionamento vai ser superado ou até mesmo que não existem relacionamentos perfeitos.

Aliás, a palavra relacionamentos é a que mais se faz presente naquela arena, principalmente os fracassados. Enquanto ele falava, era possível ver algumas pessoas sorrindo e outras concordando com a cabeça, como se ele pudesse descrever o que elas passaram ou estavam passando.

Depois de tanta realidade, o momento do assunto amor platônico veio como um soco na boca do estômago; afinal, quem nunca sofreu por isso? Mas, de uma forma divertida, Carpinejar nos coloca no universo desse amor e nos faz refletir porquê sofremos tanto por algo que não temos, por um amor que não é nosso. Confesso que não foi uma reflexão fácil.

Ele também nos faz pensar no quanto somos egoístas quando nos esforçamos para agradar quem mal conhecemos e esquecemos de agradar quem amamos, por um simples capricho. O poeta cita que nossas melhores roupas, por exemplo, são separadas para quem não conhecemos, na busca de causarmos uma boa impressão. Com isso, esquecemos de manter a boa impressão para quem já nos conhece.

O escritor também fala sobre o que esperamos em relação ao outro, e sabiamente usa a seguinte frase: “A gente usa o outro como espelho da nossa eficiência”. Realmente, nós esperamos que o outro faça o que não somos capazes de fazer. Eis uma falha do ser humano quando o assunto é amar.

 
 
 
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