Mulheres jornalistas debatem Dia Internacional em aula inaugural
- goitacainforma
- 11 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Repórter: Júlia Alves
O Uniflu realizou, na última terça (08), a aula inaugural de Jornalismo para o semestre 2022.1. A data também marcou o Dia Internacional da Mulher.
Oito mulheres jornalistas locais foram convidadas para debater sobre os desafios encarados no mercado de trabalho, como elas buscaram inovações no empreendedorismo e de que forma conciliaram os diversos papéis que a mulher desempenha ao mesmo tempo. A primeira mesa composta por Suzy Monteiro, Milena Soares, Patrícia Daldegan, Stella Tó e Marina Bruno refletiu sobre “a mulher empreendedora na comunicação.”

Já a segunda mesa discutiu “a presença feminina no jornalismo esportivo” e contou com a presença de Rayra Gomes, Girlane Rodrigues, Maria Laura Gomes e Kamila Póvoa. As convidadas descreveram a sua relação com o jornalismo esportivo e também expuseram o preconceito sofrido, falta de respeito, assédio e outros transtornos que infelizmente continuam fazendo parte da vida das mulheres no século XXI.

As mesas de debates foram muito inspiradoras para os futuros jornalistas que estavam prestigiando o evento. A universitária Hellen Almeida, do 5º período de Jornalismo revelou que, “ouvir tantas mulheres com experiências singulares, e informando de forma realista os prós e contras de empreender, foi muito importante para os futuros passos que pretendo dar na minha carreira. Refleti sobre o lugar que quero ocupar como jornalista na sociedade. Cair na fantasia de "defensor da sociedade" é fácil. E sim, este é o nosso dever, mas é bom saber que exercer este papel na sociedade tem muitos impasses e sacrifícios,” informou a aluna.
Luis Eduardo Soares, aluno do 3º período de Jornalismo disse que os debates foram excelentes e destacou o quão importante é a presença feminina no esporte. “Antigamente esse cenário era majoritariamente formado por homens e hoje, graças a Deus, isso está mudando com várias comentaristas e repórteres femininas no esporte. Sobre o preconceito sofrido pelas mulheres principalmente quando assunto é futebol, acho completamente desnecessário, até porque tem muitas mulheres que entendem mais de futebol do que vários homens por aí”, concluiu Luís Eduardo. Também evidenciou que aprendeu muito sobre empreendedorismo, “agregou muito na minha vida acadêmica. Aprendi bastante sobre empreendedorismo e como começar a empreender mesmo tendo poucos seguidores.”

A acadêmica Ingrid Silva, do 7º período de Jornalismo, disse ter refletido sobre a importância do uso do Instagram para o crescimento profissional, “porque realmente é como se fosse uma vitrine que qualquer pessoa pode olhar e que pode se interessar também pelo seu trabalho, caso ele seja público. Outra reflexão foi a questão da mulher no jornalismo e as dificuldades que podem surgir, seja na área esportiva, na área de empreendedorismo ou em qualquer outra. Simplesmente por sermos mulheres, podemos ser discriminadas ou termos que provar que sabemos algo a todo instante. O nosso lugar está crescendo e os nossos colegas de profissão têm que aceitar”, concluiu Ingrid.
Para a coordenadora do curso de Jornalismo, Simone Barreto proporcionar momentos como esses é de extrema importância tanto para a sociedade quanto para a formação dos novos jornalistas. “O dia 8 de março não é um dia de comemoração, mas sim de reflexão. Mulheres jornalistas sofrem preconceito, assédio e discriminação a todo momento neste país e é por isso que precisamos tratar esse assunto com muita seriedade e dar voz ao público feminino,” concluiu Simone.
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